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sexta-feira, 31 de maio de 2024

Visitação de Nossa Senhora

Sabemos que Nossa Senhora foi visitada pelo Arcanjo Gabriel com esta mensagem de amor, com esta proposta de fazer dela a mãe do nosso Salvador. E ela aceitou. E aceitar Jesus é estar aberto a aceitar o outro. O anjo também comunicou a ela que sua parenta - Santa Isabel - já estava grávida. Aí encontramos o testemunho da Santíssima Virgem - no Evangelho de São Lucas no capitulo 1, - quando depois de andar cerca de 100 km ela encontrou-se com Isabel.

Nesta festa, também vamos descobrindo a raiz da nossa devoção a Maria. Ela cantou o Magnificat, glorificando a Deus. Em certa altura ela reconheceu sua pequenez, e a razão pela qual devemos ter essa devoção, que passa de século a século.
“Porque olhou para sua pobre serva, por isso, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações.” (Lucas 1,48)

A Palavra de Deus nos convida a proclamarmos bem-aventurada aquela que, por aceitar Jesus, também se abriu à necessidade do outro. É impossível dizer que se ama a Deus, se não se ama o outro. A visitação de Maria a sua prima nos convoca a essa caridade ativa. A essa fé que se opera pelo amor. Amor que o outro tanto precisa.
Quem será que precisa de nós?
Peçamos a Virgem Maria que interceda por nós junto a Jesus, para que sejamos cada vez mais sensíveis à dor do outro. Mas que a nossa sensibilidade não fique no sentimentalismo, mas se concretize através da caridade.

quinta-feira, 30 de maio de 2024

Santa Joana DArc

Nascida em Domremy , Champagen , França em 1412 , morreu em Rouen em 31 de maio de 1431. O pai de Joana, Jaques D’Arc era um fazendeiro e Joana nunca aprendeu a ler ou a escrever. Quando ela tinha 13 ou 14 anos ela teve a sua primeira experiência mística. Ela ouviu uma voz chamando-a e acompanhada de uma luz. Ela recebeu as visões quando cuidava das ovelhas do seu pai. Visões posteriores eram compostas de mais vozes e ela foi capaz de identificar as vozes como sendo de São Miguel, Santa Catarina de Siena e Santa Margarete entre outras. Em 1428 suas mensagens tinham um fim especifico. Era para se apresentar-se para Robert Bauricourt , que comandava o exercito do rei na cidade próxima. Joana convenceu um tio a leva-la, mas Robert riu dela e comentou com o seu pai que ele deveria disciplina-la.

Mas as visões continuaram e secretamente ela deixou sua casa e retornou a Vancoulers. Baudricourt duvidou dela, mas modificou sua posição quando chegaram as noticias de sérias derrotas nas batalhas de Herrings do lado de fora de Orleans em fevereiro de 1429 exatamente conforme Joana havia predito. Ele enviou Joana com uma escolta para o falar com o Rei e ela escolheu viajar disfarçada com roupas de homem para sua própria proteção. Em Chinon, o rei Carlos estava disfarçado, mas ela o identificou e por sinais secretos eles se comunicavam e ela o convenceu a acreditar na origem divina das sua visões e da sua missão.

Ela pediu uma tropa de soldados para ir a Orleans .O seu pedido foi muito questionado na corte e ela foi enviada para ser examinada por um painel de teólogos em Poities. Após um exame de tres semanas o painel aconselhou a ao rei Carlos que fizesse uso dos seus serviços. Diz a tradição que um dos membros do painel era um cardeal que conhecia a verdadeira aparência de Santo Miguel, muito bem guardado nos arquivos de Roma e quando perguntou a Joana com era São Miguel, ela o descreveu exatamente como estava descrito no arquivo secreto em Roma. A ela foi dada a tropa e um estandarte especial feito para ela com a inscrição "Jesus:Maria" e o símbolo da Santíssima Trindade na qual dois anjos presenteavam a ela uma flor de lis e Joana vestia um armadura branca e sua tropa entrou em Orleans em 29 de abril .Sua presença revigorou a cidade e em 8 de maio as forças inglesas que cercavam a cidade foram capturadas.

Ela foi ferida no peito por uma flecha o reforçou a sua reputação de guerreira.
Ela começou uma campanha em Loire com o Duque d’ Alençon, e eles se tornaram grandes amigos.
A campanha teve grande sucesso em parte graças ao elevado moral das tropas, com a presença de Joana e as tropas britânicas se retiraram para Paty e de lá para Troyes. Joana agora estava tentando fazer com que o rei aceitasse a sua responsabilidade e lutou pela sua coroação em 17 de julho de 1429.

E a missão de Joana, conforme as suas visões, estava completada.
Daí em diante devido ao fato que Carlos não forneceu se nem suporte nem sua presença conforme prometido, Joana sofreu varias derrotas. O ataque a Paris falhou e ela foi ferida na coxa. Durante a trégua de inverno Joana ficou na corte onde ela continuava sendo vista com ceticismo .Quando as hostilidades recomeçaram ela foi para Compiegne onde os franceses estavam resistindo ao cerco dos Burbundians. A ponte movediças foi fechada muito cedo e Joana e suas troas ficaram do lado de fora. Ela foi capturada e levada ao Duque de Burgundy em 24 de maio. Ela ficou prisioneira até o fim do outono. O rei Carlos não fez nenhum esforço em liberta-la. Ela havia previsto que o castelo seria entregue ao ingleses e assim aconteceu. Ela foi vendida aos lideres ingleses na negociação. Os ingleses estavam determinados a ficarem livres do poder de Joana sobre os soldados franceses . Como os ingleses não podiam executa-la por estar em uma guerra eles forjaram uma maneira de julga-la como herege .Em 21 de fevereiro de 1431 ela apareceu a um tribunal liderado por Peter Cauchon, bispo de Beauvais, o qual tinha esperança que os ingleses o ajudariam a faze-lo Arcebispo de Rouen. Ela foi interrogada sobre as vozes, sua fé e sua vestimenta masculina. Um sumário falso e injusto foi feito e suas visões foram consideradas impuras em sua natureza, uma opinião suportada pela Universidade de Paris. O tribunal declarou que, se ela se recusasse a retratar, seria entregue aos seculares como um herege . Mesmo sob tortura ela recusou a se retratar. Quando finalmente ela foi trazida para uma sentença formal no Cemitério de Santo Ouen, diante de uma enorme multidão ela retratou-se apenas um pouco e de forma bastante incerta e foi devolvida a prisão e voltou a vestir as roupas masculinas que havia concordado em abandonar. Ela teve a coragem de declarar que tudo que ela havia dito antes era verdade e que ela havia recuperado a sua coragem e que Deus havia na verdade enviado ela para salvar a França dos ingleses.

Assim no dia 30 de março de 1431 ela foi levada a praça pública do mercado em Rouen e queimada viva. Joana não tinha completado 20 anos. Suas cinzas foram atiradas no Sena. Em 1456 sua mãe e dois irmãos apelaram para a reabertura do caso, com o que o Papa Calistus III concordou.
O julgamento e o veredicto foram anulados e ela foi canonizada como uma santa virgem e mártir. Ela era chamada La Pucelle "a Virgem de Orleans" .
Na arte litúrgica da Igreja Santa Joana é mostrada como uma garota numa armadura, com uma espada, ou uma lança e as vezes com uma bandeira com as palavras "Jesus:Maria" e as vezes com um capacete .
Nas pinturas mais antigas, ela tinha longos cabelos caindo nas suas costas, para mostrar que ela era vvirgem. Ela as vezes ela é mostrada incentivando o rei , ou seguida de uma tropa ou em roupas femininas com um espada.

Popularmente venerada por séculos, foi finalmente beatificada em 1909 e canonizada em 1920. Foi declarada oficialmente padroeira da França em 1922.

quarta-feira, 29 de maio de 2024

Santa Úrsula Ledochowska

Júlia Ledochowska pertencia à uma família especialmente abençoada. A sua irmã mais velha, Maria Teresa, era religiosa, fundou uma congregação e foi inscrita no Livro dos Santos. O irmão, o padre Vladimiro foi o vigésimo sexto preposto geral dos Jesuítas . Ela nasceu em 17 de abril de 1865 e os pais eram nobres poloneses, que residiam na Áustria.
Até o final da adolescência viveu neste país onde completou os estudos, depois voltou com a família para o solo polonês, estabelecendo-se na Croácia. Aos vinte e um anos ingressou no Convento das Irmãs Ursulinas de Cracóvia, pronunciando os votos definitivos e tomando o nome de Úrsula, em 1899.
Ativa educadora, fundou um pensionato feminino para jovens, promovendo entre os estudantes a Associação das Filhas de Maria, foi também superiora do seu convento por quatro anos. Foi chamada pelo pároco da igreja de Santa Catarina em Petersburgo, na Rússia, que na época reprimia toda atividade religiosa, inclusive as de cunho assistencial, para dirigir um internato de estudantes polonesas exiladas, nesta função teve de usar roupa civis para sua segurança. Em 1909 fundou também uma casa das ursulinas na Finlândia onde inovou com um pensionato e uma escola ao ar livre, para moças doentes, seguindo o estilo inglês, ao mesmo tempo fundou na mesma Petersburgo uma casa das Ursulinas.

A sua cidadania e origem austríaca, a fez objeto de perseguição por parte da polícia russa, durante a Primeira Guerra Mundial , tanto que em 1914 se refugiou na Suécia, onde fundou, também alí, um pensionato e uma escola. O seu grande senso de apostolado a fez fundar para os católicos suecos o jornal "Solglimstar", editado ainda hoje sob outra direção. Em 1917, foi para a Dinamarca dar assistência aos poloneses perseguidos, onde permaneceu por dois anos, quando então regressou para o seu convento na Polônia.
Atendendo um antigo anseio interior, em 1920, separou-se da sua congregação para fundar uma nova ordem: as Irmãs Ursulinas do Sagrado Coração Agonizante, com a função de dar assistência aos jovens abandonados e para cuidar dos pobres, velhos e crianças.

Na Polônia, devido à cor do hábito, se popularizaram como as "ursulinas cinzas" e na Itália, como as "irmãs polonesas". A ordem foi aprovada em 1930 e se desenvolveu com rapidez. Quando sua fundadora, Madre Úrsula, morreu já existiam trinta e cinco casas e mais de mil irmãs. Ela deixou vários livros, todos escritos em polonês, que foram traduzidos para o italiano e francês.
Madre Úrsula Ledochowska, faleceu em Roma no dia 29 de maio de 1939, na casa mãe da ordem, que conserva as suas relíquias. O Papa João Paulo II em 1983 a beatificou, numa comovente cerimônia em Poznan, quando visitava a Polônia. Vinte anos depois ele mesmo a canonizou, declarando ser seu devoto. O culto em sua homenagem foi designado para o dia de sua morte.

A Ascensão do Senhor

 “Então, os que estavam reunidos perguntaram a Jesus: ‘Senhor, é agora que vais restaurar o Reino em Israel’? Jesus respondeu: Não cabe a vocês saber o tempo e as datas que o Pai reservou à sua própria autoridade. Mas o Espírito Santo descerá sobre vocês, e dele receberão forças para serem minhas testemunhas em Jerusalém, na Judéia e em toda a Samaria, e até os extremos da Terra. Depois de dizer isto, Jesus foi elevado ao céu à vista deles.

E quando uma nuvem o cobriu, eles não puderam vê-lo mais. Os apóstolos continuavam a olhar para o céu, enquanto Jesus ia embora. Mas, de repente, dois homens vestidos de branco apareceram a eles e lhes disseram: Homens da Galiléia, por que vocês estão aí, parados, olhando para o céu? Esse Jesus que foi tirado de vocês e levado para o céu virá do mesmo modo com que vocês o viram partir para o céu”.

Neste domingo, a Igreja celebra a festa da Ascensão do Senhor. Palavra que quer significar a subida, a elevação de Cristo aos céus. Diante dos olhos de seus discípulos Jesus ergue aos céus. Momento em que Ele revela mais uma vez a sua condição Divina e a sua entrada triunfante no Reino do Pai.

Em sua homília na Festa da Ascensão em 2009, o Papa Bento XVI afirmou que “Na Ascensão de Cristo ao Céu, o ser humano entra numa nova intimidade com Deus, sem precedentes. O homem encontra agora, e para sempre, espaço em Deus. O ‘Céu’ não é um lugar sobre as estrelas, mais uma coisa muito mais ousada e sublime: é o próprio Cristo, a Pessoa Divina que acolhe plenamente e para sempre a humanidade, Aquele no qual Deus e o homem estão inseparavelmente unidos para sempre”.

É, pois, a Festa da Ascensão, também o sinal da elevação do ser humano a Deus. Primeiro Cristo e, depois dele, todos os que no seu Nome, vida e sangue foram reconciliados com Deus. É uma prefiguração de toda ação escatológica, para a qual tende a vida da Igreja: “Somos cidadãos do céu”. E como nos afirma Paulo em seus escritos “Se com Cristo morremos, também com Ele viveremos” (cf. Rm 6,8).

A Festa da Ascensão relembra, ainda, a cada cristão, que suas cabeças devem estar erguidas diante das dificuldades da vida, recordando a vitória final, após o sofrimento, ao mesmo tempo em que ensina e envia para a vida. Os discípulos olhavam para o céu, enquanto Jesus subia (mística do reconhecimento do senhorio divino de Nosso Senhor), mas tão logo são enviados ao mundo para a vida que continua, com a esperança escatológica de sua volta gloriosa, tal qual Ele havia subido. A vida continua, a presença do Ressuscitado é uma presença espiritual que renova a esperança e reacende a chama da fé e do amor. É o encontro da humanidade com a divindade de Cristo. É a união do céu e da Terra! Tudo o que Pedro, chefe dos apóstolos, ligar na Terra será ligado no céu. Tudo que se desligar na Terra será desligado no céu (cf. Mt 16, 16ss). É o encontro do tempo e da eternidade; do passageiro e do eterno.

A ascensão se liga ao pastoreio de Jesus, bom pastor, único e eterno sacerdote, que deseja reconduzir suas ovelhas ao aprisco e devolver-lhe a dignidade manchada e ferida pelo pecado. Ela não trata de uma ausência de Jesus na história humana, mas uma prefiguração de nossa história mergulhada na eternidade que não se acaba, indicando-nos a direção à qual tendemos. A Igreja não se funda na ausência de seu Senhor, mas na certeza de sua presença à direita do Pai, soberano e senhor do tempo, da história e da eternidade; na certeza de sua presença sempre constante e operante pela presença do Espírito Santo, o Paráclito, o Espírito da verdade que Ele envia sobre os discípulos reunidos no cenáculo.

A ascensão, diz o papa, “relembra a transcendência da Igreja”, enquanto ela constrói e trabalha pelo Reino de Deus, na vida e na história, ela marcha rumo ao seu destino definitivo na eternidade, que é Cristo mesmo. O Céu, mais que um lugar, é o próprio Cristo, com o Pai e o Espírito Santo. Jesus sobe, envia os seus discípulos a pregarem o Evangelho e faz descer o seu Espírito, garantindo a sua presença constante na história, e nunca a sua ausência. Ele é presença que não se desfaz.

Nossas comunidades devem ser inflamadas nessa realidade: o Senhor e Cristo, ressuscitado, subiu aos céus, está à direita do Pai, mas não nos deixou órfãos; enviou seu santo Espírito para ser consolador e incentivador de nossa missão de continuar, na história, a construir o Reino que não tem fim.

É nessa esperança que vive a Igreja de Cristo, com Maria e toda a nuvem dos escolhidos e santificados no sangue do Senhor, clamando, ação magnífica do Espírito do Senhor, a volta definitiva e gloriosa de seu Senhor e Cristo. “O Espírito e a esposa dizem: Vem, Senhor Jesus!” e, aquele que ouve diga também: Vem, Senhor Jesus, Maranathá!

D. Orani João Tempesta

Arcebispo do Rio de Janeiro, RJ

Fonte: CNBB 

terça-feira, 28 de maio de 2024

São Germano de Paris

São Germano de Paris, nasceu no ano 496, próximo à cidade de Autun, na França. O inicio de sua vida é marcado por situações bastante difíceis, pois sua mãe tentou abortá-lo e, mais tarde sua tia tentou envenená-lo, tendo sido os planos frustados, graças à criada que se descuidou e deu o copo de vinho envenenado ao Estratídio, filho da madame e seu primo.

Foi ordenado sacerdote no ano de 531, tornando-se depois, abade do Mosteiro de São Sinforiabno de Autun. Pelo fato dos monges o considerarem muito austero, o destituíram do cargo logo em seguida, mais no ano 555, foi eleito Bispo de Paris. Lutou muito contra as guerras civis e a depravação entre os reis francos, mas não teve sucesso. Ainda como bispo, fundou um mosteiro, em Paris.

São Germano de Paris freqüentemente, contentando-se com uma única túnica, cobria com o restante das vestes um pobre nu, assim que, enquanto o pobre se sentia quente, o bispo padecia de frio.Quando nada lhe restava, permanecia sentado, triste e inquieto, com fisionomia mais grave e conversação mais severa.

Morreu em Paris, no dia 28 de Maio de 576, tendo sido enterrado na Igreja do mosteiro que fundou, que mais tarde recebeu o nome de Saint-Germain-des-Prés.

segunda-feira, 27 de maio de 2024

Santo Agostinho de Cantuária

Hoje comemora-se Santo Agostinho de Cantuária que viveu no século VI, cujo início foi na Grã-Bretanha. Foi junto com 40 monges, que no ano 597, São Gregório Magno enviou-os como missionários à Inglaterra, porém ao chegar a Lerins, soube que a situação era bastante complicada e teve medo de avançar e pediram ao papa que mudassem os planos. Para incentivar Santo Agostinho, São Gregório nomeou-o abade e logo depois quando chegou a gália, foi sagrado bispo.

Diferente ao que imaginava, a viagem aconteceu sem problemas e quando os missionários chegaram foram bem recebidos pelo rei Etelberto que para surpresa de todos solicitou o batismo arrastando também muitos súditos para a religião cristã. Receberam como residência a cidade de Cantuária ou Canterbury de onde surgiria a célebre abadia de São Pedro e São Paulo, que mais tarde será de Santo Agostinho. Foi nomeado arcebispo primaz da Inglaterra.

Santo Agostinho de Cantuária morreu no dia 26 de maio de 1605, e seu corpo esta sepultado em uma igreja que carrega o seu nome em Canterbury.

domingo, 26 de maio de 2024

São Filipe Néri

Neste dia nós recordamos a santidade de vida do Santo da Alegria, que encantou a Igreja com seu jeito criativo e excêntrico de viver o Evangelho. Nascido em 1515, São Filipi Néri, foi morar com um tio negociante, que colocou diante de seus olhos a proposta de assumir os empreendimentos, mas acolheu as proposta do Senhor que eram bem outras.

Ao ir para Roma estudou Filosofia e Teologia, sem pensar no sacerdócio. Homem de caridade vendeu sua biblioteca e deu tudo aos pobres; visitava as catacumbas tinha devoção aos mártires e tudo fazia para ganhar os jovens para Deus, já que era afável, modesto e alegre, por isso fundou ainda como leigo, a irmandade da Santíssima Trindade.
São Filipe Néri que muito acolhia em Roma peregrinos, foi dócil em acolher o chamado ao sacerdócio que despertou-o para as missões nas Índias, porém seu Bispo lhe esclareceu que sua Índia era Roma. Como Santo da Jovialidade, simplicidade infantil e confiança na Divina Providência, Filipi fundou a Congregação do Oratório; foi vítima de calúnias; esquivou-se de ser cardeal, mas não da Salvação das Almas e do seu lema: Pecados e melancolia estejam longe de minha casa.

sábado, 25 de maio de 2024

Santa Maria Madalena de Pazzi

Batizada com o nome de Catarina, ela nasceu no dia 02 de abril de 1566, crescendo bela e inteligente em sua cidade natal, Florença, no norte da Itália. Tinha origem nobre da família Pazzi, com acesso tanto à luxúria quanto às bibliotecas e benfeitorias da corte dos Médici, que governava o ducado de Toscana. Sua sensibilidade foi atraída pelo aprendizado intelectual e espiritual, abrindo mão dos prazeres terrenos, o luxo e as vaidades, que a nobreza proporcionava.
Recebeu a primeira comunhão aos dez anos e contrariando o desejo dos pais, aos dezesseis anos entregou-se à vida religiosa, ingressando no convento das carmelitas descalças. Alí por causa de uma grave doença teve de fazer os votos antes das outras noviças, vestiu o hábito e tomou o nome de Maria Madalena.

A partir daí, foi favorecida por dons especiais do Espírito Santo, vivendo sucessivas experiências místicas impressionantes, onde eram comuns os êxtases durante a penitência, oração e contemplação, originando extraordinárias visões proféticas. Para que essas revelações não se perdessem, seu superior ordenou que três irmãs anotassem fielmente as palavras que dizia nessas ocasiões.
Um volumoso livro foi escrito com essas mensagens, que depois foi publicado com o nome de "Contemplações", um verdadeiro tratado de teologia mística. Também ela, de próprio punho, escreveu muitas cartas dirigidas a Papas e príncipes contendo ensinamentos e orientações para a inteira renovação da comunidade eclesiástica.

Durante cinco anos foi provada na fé, experimentando a escuridão e a aridez espiritual. Até que no dia de Pentecostes do ano 1690 a luz do êxtase voltou, para a provação final: a da dor física. Seu corpo ficou coberto de úlceras que provocavam dores terríveis. A tudo suportou sem uma queixa sequer, entregando-se exclusivamente ao amor à Paixão de Jesus.
Morreu com apenas quarenta e um anos, em 25 de maio de 1607, no convento Santa Maria dos Anjos, que hoje leva o seu nome, em Florença. Apenas dois anos mais tarde, foi canonizada, pelo Papa Clemente IX. O corpo incorrupto de Santa Maria Madalena de Pazzi, repousa na igreja do convento onde faleceu. Sua festa é celebrada no dia de seu transito.

sexta-feira, 24 de maio de 2024

Nossa Senhora Auxiliadora

A DEVOÇÃO A MARIA AUXILIADORA

A devoção a Nossa Senhora Auxiliadora, tem seu começo em datas muito remotas, nascida no coração de pessoas piedosas que espalharam ao seu redor a devoção mariana. Assim a Mãe de Deus foi sempre conhecida como condutora da felicidade de todo ser humano. E Maria, sempre esteve junto ao povo, sobretudo do povo simples que não sofre as complicações que contornam e desfazem, muitas vezes, a vida humana, mas que é levado pelas emoções e certezas apontadas pela simplicidade do coração.
Em 1476, o Papa Sisto IV deu o nome de “Nossa Senhora do Bom Auxílio” a uma imagem do século XIV-XV, que havia sido colocada em uma Capelinha, onde ele se refugiou, surpreendido durante o caminho, com um perigoso temporal. A imagem tem um aspecto muito sereno, e o símbolo do ‘auxílio’ é representado pela meiguice do Menino segurando o manto da Mãe.

Com o correr dos anos, entre 1612 e 1620, a devoção mariana cresceu, graças aos Barnabitas, em torno de uma pequena tela de autoria de Scipione Pulzone, representando aspectos de doçura, de abandono confiante, de segurança entre o Menino e sua santa Mãe. A imagem ficou conhecida como “Mãe da Divina Providência”. Esta imagem tornou-se como que meta para as peregrinações de muitos devotos e também para muitos Papas e até mesmo para João Paulo II. Devido ao movimento cristão em busca dos favores e bênçãos de Nossa Senhora e de seu Filho, o Papa Gregório XVI, em 1837, deu-lhe o nome de “AUXILIADORA DOS CRISTÃOS”. O Papa Pio IX, há pouco tempo eleito, também se inscreveu no movimento e diante desta bela imagem, ele celebrou a Missa de agradecimento pela sua volta do exílio de Gaeta.

Mais tarde também foi criada a ‘Pia União de Maria Auxiliadora’, com raízes em um bonito quadro alemão
E chega o ano de 1815: Nasce aquele que será o grande admirador, grande filho, grande devoto da Mãe de Deus e propagador da devoção a Maria Auxiliadora, o Santo dos jovens: SÃO JOÃO BOSCO. Neste ano era também celebrado o Congresso de Viena e foi a época em que, com a queda do Império Napoleônico, começa a Reestruturação Européia com restabelecimento dos reinos nacionais e das suas monarquias dinásticas
Em 1817, o Papa Pio VII benzeu uma tela de Santa Maria e conferiu-lhe o título de “MARIA AUXILIUM CHRISTIANORUM”.
Os anos foram se sucedendo e o rei Carlo Alberto, foi a cabeça do movimento em prol da unificação da Itália, e ao mesmo tempo, os atritos entre Igreja e Estado, deram lugar a uma forte sensibilização política, com atitudes suspeitas para com a Igreja. E como não podia deixar de ser, Dom Bosco, lutador e defensor insigne da Igreja de Cristo, ficou sendo mira forte do governo e foi até obrigado a fugir de alguns atentados. Sim, tinha de fato inimigos que não viam bem sua postura positiva a favor da Igreja e nem tão pouco a emancipação da classe pobre, defendida tenazmente pelo Santo.

Pio IX, então cabeça da Igreja, manifestou-se logo a favor de uma devoção pessoal para com a Auxiliadora e quando este sofrido Pontífice esteve no exílio, o nosso Santo lhe enviou 35 francos, recolhidos entre seus jovens do oratório. O Papa ficou profundamente comovido com esta atitude e conservou uma grande lembrança deste gesto de afeto de D.Bosco e da generosidade dos rapazes pobres.
E continuam muitas lutas políticas, desavenças, lutas e rixas entre Igreja e Estado. Mas a 24 de maio, em Roma, o Papa Pio IX preside uma grandiosa celebração em honra de Maria Auxiliadora, na Igreja de Santa Maria. E em 1862, houve uma grandiosa organização especificamente para obter da Auxiliadora, a proteção para o Papa diante das perseguições políticas que ferviam cada vez mais, em detrimento para a Igreja de Jesus Cristo.

Nestes momentos particularmente críticos, entre 1860-1862 para a Igreja, vemos que D.Bosco toma uma opção definitiva pela AUXILIADORA, título este que ele decide concentrar a devoção mariana por ele oferecida ao povo. E justamente em 1862, ele tem o “Sonho das Duas Colunas” e no ano seguinte seus primeiros acenos para a construção do célebre e grandioso Santuário de Maria Auxiliadora. E esta devoção à Mãe de Deus, desde então se expandiu imediata e amplamente.
Dom Bosco ensinou aos membros da família Salesiana a amarem Nossa Senhora, invocando-a com o título de AUXILIADORA. Pode-se afirmar que a invocação de Maria como título de Auxiliadora teve um impulso enorme com Dom Bosco. Ficou tão conhecido o amor do Santo pela Virgem Auxiliadora a ponto de Ela ser conhecida também como a "Virgem de Dom Bosco".

Escreveu o santo: “A festa de Maria Auxiliadora deve ser o prelúdio da festa eterna que deveremos celebrar todos juntos um dia no Paraíso".

quinta-feira, 23 de maio de 2024

São João Batista de Rossi

Nasceu em 1698 em Voltaggio, Diocese de Genova, Itália.
Um de quatro filhos de Carlos de Rossi e Francisca Anfossi. Educado por um casal nobre de Genova. Lá ele conheceu alguns frades que o ensinaram e o ajudaram a continuar sua educação em Roma. Estudou com os jesuítas no Colégio Romano com 13 anos. Membro da Comunidade Solidária da Virgem Maria e da “Ristreto dos 12 Apóstolos”. Era epilético. Ele se impôs vários atos de austeridade que quase o levaram a morte e enfraqueceu em muito a sua saúde. Estudou filosofia e teologia sob os dominicanos. Ordenado em 3 de março de 1721 a enviado para trabalhar em Roma.
Ajudou a construir um hospital para mulheres sem casa, perto do Hospício de Santa Galla em Roma. Cânon de Santa Maria Cosmedin em 1737, ele usou o que ganhou para comprar um órgão para a igreja. Missionário e catequista para os fazendeiros, pastores, sem casa, doentes, pobres, prostitutas e prisioneiros na região de Campagna.

Por muitos anos João não ouvia a confissão com medo de ter um ataque epilético no confessionário, mas o Bispo de Civita Castellana o convenceu que era parte de sua vocação, e ele e se tornou um dos mais procurados confessores em Roma.Diz a tradição que ele conseguia ler as mentes no confessionário e por isso conseguia as mais completas confissões dos devotos. Certa vez disse que o melhor caminho para o céu era guiar outros para o confessionário e a Eucaristia. Sempre procurado para pregar. Indicado como catequista pelo governo para os prisioneiros, oficiais, carcereiros e até mesmo para o carrasco. Vários milagres foram creditados a ele quando em vida.

Tinha uma devoção especial por Santo Aloísio Gonzaga.
Faleceu em 23 de maio em Trinita dei Pellegrini, Itália. Suas reliquias foram trasladadas para a igreja de São Batista de Rossi, em Roma em 1965.
Beatificado em 13 de maio de 1860 pelo Papa Pio IX.
Canonizado em 8 de dezembro de 1881 pelo Papa Leão XIII.

quarta-feira, 22 de maio de 2024

Santa Rita de Cássia

Santa Rita nasceu em Rocca Porena perto de Spoleto, Itália em 1381 e expressou bem cedo o desejo de ser freira. Seus parentes já idosos insistiram para que ela se casasse com a idade de doze anos com um homem descrito como sendo um homem cruel e rude. Ela passou 18 anos extremamente infeliz, teve dois filhos e finalmente ficou viúva quando o seu marido foi morto numa briga. Ambos os filhos logo morreram e Rita tentou sem sucesso entrar para o convento agostiniano que havia em Cascia. Ela foi recusada porque pelas regras do convento só se aceitavam virgens.

Mas Rita continuou a rezar e a pedir, e uma noite ela foi milagrosamente transportada para dentro do convento com todas as suas enormes portas fechadas e trancadas. Quando as irmãs a viram lá dentro, decidiram que era desejo de Deus que ela fosse aceita e assim em 1413 ela entrou para o Ordem e logo ganhou fama pela sua austeridade, devoção, oração e caridade.
No ano seguinte, ocorreu outro milagre. Havia lhe ordenado a Superiora, em nome da obediência, que regasse todos os dias um pé seco de uva, mas em um ano, já daquele ramo morto brotaram cachos de uvas abundantes e saborosas. E a videira, apesar de velha, de vários séculos, ainda hoje está viçosa.

Certo dia ela recebeu visões e teve ferimentos na testa que pareciam uma coroa de espinhos que seria uma estigmata (provavelmente um dos estigmas de Cristo).
Os ferimentos melhoraram de modo a permitir que ele fosse a Roma numa peregrinação em 1450, mas reapareceu logo que ela retornou e com ela ficaram até a sua morte.
Pouco antes de morrer, uma visitante, sua parente, perguntou se queria algo e ela pediu que lhe trouxessem rosas de sua terra natal. "Impossível" disse a parente "agora é pleno inverno". Santa Rita respondeu : " Vá e encontrarás o que peço".

Ao chegar a parente, em Rocca Porena, no jardim em frente a sua casa, havia no meio da neve, uma bela roseira com lindas flores de onde colheu as rosas que Santa Rita havia pedido.
Ao falecer outro milagre. Os sinos do mosteiro repicavam milagrosamente sozinhos sem alguem por perto a tocar.
Segundo a tradição seu corpo estaria incorrupto até a presente data. Ela morreu em 22 de março em Cascia e muitos milagres foram relatados como sendo devido a sua invocação e intercessão. Foi canonizada em 1900. Ela é venerada na Espanha, Estados Unidos, França, Portugal e em outros países como sendo a "santa das causas impossíveis".

No Brasil, ela é a padroeira das causas impossíveis junto com São Judas Thadeu.
Na arte litúrgica da Igreja ela é mostrada com uma freira orando diante de um crucifixo, ou com uma coroa de espinhos, ou recebendo uma coroa de rosas da Virgem Maria, ou recebendo uma coroa de espinhos dos santos. O seu emblema são as rosas. E em alguns locais as rosas são bentas no dia de sua festa.

É protetora contra a esterilidade, e infertilidade e das causas impossíveis, e padroeira das viúvas.

terça-feira, 21 de maio de 2024

Santo André Bóbola

Santo do século XVII, ele nasceu na Polônia e ficou conhecido como “caçador de almas”.
Santo André Bóbola pertenceu à Companhia de Jesus como sacerdote jesuíta dedicado aos jovens e ao anúncio da Palavra de Deus num tempo dos cismas, quando a fé católica não era obedecida.

Viveu também dentro de um contexto onde politicamente existia um choque entre a Polônia e a Rússia. Certa vez, com a invasão dos soldados cossacos, ou seja russos na Polônia, os cismáticos aproveitaram a ocasião para entregar o santo.
Ele, que tinha sido instrumento para muito se voltarem ao Senhor, foi preso injustamente e sofreu na mão dos acusadores. Foi violentado, mas não renunciou a sua fé. Renunciou a própria vida, mas não a vida em Deus.

No ano de 1657, morreu mártir. O “caçador de almas” hoje intercede para que nós.

segunda-feira, 20 de maio de 2024

São Bernardino de Sena

Nasceu em Massa Marítima, na Toscana, Itália, no ano de 1380. Muito cedo, infelizmente, perdeu seus pais; mas, por outro lado, a Providência Santíssima agiu na sua formação através de tias cristãs fervorosas. Tanto que oraram, testemunharam, foram canais da Providência Divina para a vida de São Bernardino.
Numa vida de oração e penitência, ele discerniu seu chamado a uma vida consagrada, entrando para a família franciscana na Ordem dos Frades Menores. Ali, tornou-se sacerdote.
São Bernardino possuía muitas qualidades; muitas delas, sobrenaturais. Muitos dons, dentre eles, o carisma da pregação. Um homem zeloso, liderou o movimento da observância em prol de uma vivência radical do carisma franciscano.
Quantas pessoas, na Itália, conheceram esse santo por causa da eficácia do nome de Jesus! Grande devoto; tanto que nas leituras do ofício de hoje, encontramos um texto tirado de um de seus sermões: “O nome de Jesus é a luz dos pregadores, porque ilumina, com o seu esplendor, os que anunciam e os que ouvem a Sua Palavra. Por que razão a luz da fé se difundiu no mundo inteiro tão rápida e ardentemente, senão porque foi pregado este nome?”.
Um grande pregador, ele reconhecia que tudo era graça na sua vida. Muitos puderam conhecer, através dos lábios desse pregador, o amor de Deus. Ele se expressou, revelou-se plenamente em Cristo Jesus na força do seu Espírito. São Bernardino, como todos os santos e santas da Igreja de todos os tempos, foi conduzido pelo Espírito Santo.
Centrado no mistério da Eucaristia, devotíssimo da Santíssima Virgem, ele se consumiu ao serviço da Palavra e do povo de Deus. No ano de 1444, ele partiu para o céu e intercede por nós para que sejamos todos servos da Palavra para glória e de Jesus.

domingo, 19 de maio de 2024

Santo Ivo

Hoje comemoramos, Santo Ivo, que nasceu nas proximidades de Treguier, Na Baixa Bretanha, no dia 13 de outubro de 1253. Foi para Paris, cursar filosofia e teologia quando tinha apenas 14 anos, e Orléans, cursar direito civil e direito canônico. Foi ordenado sacerdote e convidado a ser o conselheiro jurídico e juíz eclesiástico na diocese de Rennes por quatro anos. Era chamado o Advogado dos Pobres.
Em uma de suas defesas, livrou uma mulher inocente da prisão, quando lhe faltava apenas o veredicto final. Ela teria sido vítima de dois ladrões que haviam entregue a ela uma mala cheia de dinheiro pedindo para que ela guardasse e somente entregasse na presença dos dois. Para colocá-la na prisão, um dos ladrões conseguiu que a mulher lhe entregasse a mala e o segundo a levou ao tribunal acusando-a de roubo. Santo Ivo foi ao tribunal e conseguiu salvá-la da prisão.

Ele mesmo ia buscar nos castelos o cavalo, o carneiro roubado dos pobres sob o pretexto de impostos não pagos. Depois desse período, Santo Ivo foi nomeado sacerdote e lhe foi confiada a paróquia de Treguier, foi mais tarde reitor de Louannec, desenvolvendo intensa atividade pastoral. Mais tarde, instalou-se no solar de Kermartin dedicando-se a oração e penitência.
Santo Ivo morreu no dia 19 de maio de 1303 e inúmeros milagres são operados sobre o seu túmulo na Catedral de Treguier.

sábado, 18 de maio de 2024

São João I

O santo de hoje governou a Igreja por apenas dois anos e meio. Foi eleito Papa em 523. Nasceu na Toscana, Florência, no século V. De Florência foi para Roma e tornou-se um sacerdote, um presbítero cardeal. Com a morte do Papa, ele foi eleito o sucessor de Pedro.
Marcou a Igreja com muitos trabalhos pastorais, foi o precursor do canto gregoriano e da restauração de muitas igrejas, mas o objetivo dele como Papa, foi de confirmar a fé dos irmãos; sem dúvida nenhuma, era o serviço da salvação das almas.
Papa João I viveu num tempo e contexto político-religioso complexo. Quem reinava na Itália era Teodorico, um cristão ariano, ou seja, não era fiel à doutrina católica, mas se dizia cristão. Por outro lado, existia um conflito entre Teodorico e Justino; e os dois imperadores se chocavam. No meio deste contexto complexo, a vítima foi o Papa João I, que foi forçado por Teodorico a uma missão. Nunca um Papa tinha saído da Itália; ele foi o primeiro.
A missão não agradou, porque Teodorico queria que o Papa fosse o porta-voz de uma mensagem ariana, por interesses econômicos e políticos. Mas o que podemos perceber é que este homem santo, autoridade máxima da Igreja de Cristo, não perdeu sua paz, não perdeu sua obediência a Deus. Tornou-se santo em meio aos conflitos.
Ele viveu uma vida de oração, uma vida penitencial, oferecendo e sempre buscando ser dócil à vontade de Deus. Papa João I, por causa do ódio de Teodorico, foi aprisionado para morrer de fome e de sede. Foi mártir.
Hoje, podemos recordar este Pastor da Igreja como o pastor que, a exemplo de Cristo, deu a vida pelo rebanho.

sexta-feira, 17 de maio de 2024

Júlia Salzano (Bem-aventurada)

Júlia era italiana, nasceu em Santa Maria Capua Vetere, na província de Caserta, dia 13 de outubro de 1846, tendo como pai Diego Salzano, capitão dos lanceiros de Fernando I, rei de Nápolis, e como mãe Adelaide Valentino. Órfã de pai aos quatro anos, foi confiada para a sua formação às Irmãs da Caridade no Orfanato real de São Nicolau "La Strada", onde permaneceu até aos quinze anos de idade. Diplomada professora, recebeu o encargo de ensinar na Escola Municipal de Casória, em Nápolis, onde se transferiu com a família em 1865.
Junto ao ensino, manifestou um notável interesse pelo catecismo para educar na fé as crianças, os jovens e os adultos, cultivando, ao mesmo tempo, a devoção à Virgem Maria.
Propagou, o amor e o culto ao Sagrado Coração. Pela sua constante preocupação de fazer passar através do ensino e do testemunho a doutrina e a vida de Jesus Cristo, em 1905, fundou a Congregação das Irmãs Catequistas do Sagrado Coração, ocasião em que vestiu o hábito e se consagrou definitivamente à Cristo.
Eleita a Superiora, dedicou sua vida no carisma da catequese e, por isso, afirmava: "Ensinarei sempre o Catecismo, até o meu último sopro de vida. E vos asseguro que morreria contentíssima lecionando o Catecismo". Exortava também às suas filhas: "Em qualquer hora, a irmã catequista deve-se sentir disposta a instruir os pequeninos e os ignorantes; não deve medir os sacrifícios requeridos por este ministério, antes, deveria desejar morrer no cumprimento do próprio dever, se assim fosse do agrado de Deus".
Um outro Beato, Ludovico de Casória, lhe predisse quase profeticamente: "Cuida de não cair na tentação de abandonar as crianças da nossa querida Casória, porque a vontade de Deus é que vivas e morras entre elas". E assim foi. "Dona Julieta", como era chamada pelos cidadãos de Casória, morreu com fama de santidade, no dia 17 de maio de 1929, nessa cidade napolitana, aos oitenta e três anos de idade. A sua Congregação se expandiu não somente pelas cidades italianas como também em outras na Europa, Canadá, Brasil, Filipinas, Peru e Índia, para difundir a evangelização e a promoção humana.
Em 2002, o Papa João Paulo II a beatificou, designando a festa da Beata Júlia Salzano para o dia de seu transito. Além disto, pelo seu carisma ele a designou como "Mulher Profeta da Nova Evangelização".

quinta-feira, 16 de maio de 2024

São Simeão Stock

Simão nasceu em 1165, no castelo da família em Kent, Inglaterra. O seu pai era governador local, e tinha parentesco com a casa real do seu país. A família cristã e pia, lhe proporcionou uma formação intelectual e religiosa aprimorada. Aluno aplicado e inteligente freqüentou o colégio de Oxford, desde os sete anos de idade. Mesmo sendo conduzido para uma carreira que trouxesse glórias terrenas, o que Simão desejava era poder seguir a vida religiosa: para servir a Deus, para a glória de Deus.
Aos doze anos deixou o castelo paterno para viver como eremita. Retirou-se para o interior da floresta perto de Oxford, e nela viveu sua existência consagrada ao Senhor. A morada escolhida era um velho tronco oco de um carvalho. Logo essa notícia se empalhou e o estranho monge passou a ser chamado de Simão "Stock". Assim ele viveu por vinte anos, empenhado na contemplação, na oração e penitência.
Certa noite sonhou com Nossa Senhora que lhe dizia para se juntar aos monges vindos do mosteiro de Monte Carmelo. A Ordem dos Carmelitas é uma das mais antigas e a primeira criada em homenagem à Maria, naquele mosteiro, na Palestina. Mesmo não entendendo direito o sonho, Simão obedeceu a Maria. Voltou para o castelo e aos estudos, formou-se em teologia e recebeu as sagradas ordens. Enquanto aguardava a chegada dos monges, percorria as aldeias visitando pobres e doentes, e evangelizando. Em 1213, os carmelitas chegaram a Inglaterra. Simão pôde finalmente receber o hábito da Ordem.
Após dois anos por seu mérito e virtudes, foi nomeado coadjutor na direção da Ordem. E finalmente em 1216, ocupou o cargo de Vigário-Geral de todas as províncias européias. Era o período dos mais delicados para esses monges, pois eram perseguidos por outras Ordens, e a dos Carmelitas quase foi extinta. Diante das circunstâncias Simão Stock, então Prior-Geral enviou delegados ao Papa Honório III, para informá-lo da situação crucial, e pedir sua proteção. Ao mesmo tempo, convidou todos os carmelitas a rezarem pedindo ajuda à Maria para a Ordem que lhe foi dedicada, até que viesse a resposta de Roma.
Primeiro veio a resposta da Santíssima Virgem. Simão estava em profunda oração contemplativa quando viu aparecer a Mãe de Deus, cercada de anjos, e lhe mostrou o Santo Escapulário da Ordem, dizendo-lhe: "Este será o privilégio para ti e todos os carmelitas; quem morrer vestindo-o, se salvará". Mandou distribui-lo aos monges da Ordem para tranqüiliza-los. Segundo a tradição, a aparição ocorreu no dia 16 de julho de 1251.
Depois chegou a decisão do Papa Inocente, através de uma mensagem datada de 13 de janeiro de 1252, entregue à ele pelos representantes que voltaram Nela o Sumo Pontífice informava, que declarava a existência legal da Ordem dos Carmelitas e autorizava a continuar a criação dos seus mosteiros na Europa. Foi assim que Simão agiu, inclusive promovendo a mudança estrutural da Ordem, que passou da vida monástica eremítica Oriental, para aquela seguida no Ocidente, dos mendicantes ou apostólicos.
A devoção ao Escapulário se difundiu rapidamente à cristandade toda, do Ocidente ao Oriente, como um sinal da proteção maternal de Maria e do próprio empenho de seguir Jesus como sua Santíssima Mãe. Simão morreu com quase cem anos a 16 de maio de 1265, no mosteiro de Bordeaux, na França, onde foi enterrado. A festa à Santo Simão Stock é celebrada no dia 16 de maio, desde 1524, culto que a Igreja depois confirmou e incluiu no seu Calendário Litúrgico.

quarta-feira, 15 de maio de 2024

Santo Isidoro

O santo de hoje nasceu em Madri (Espanha), no ano de 1030.

Ele era lavrador, um camponês. Vocacionado ao matrimônio casou-se com Maria Turíbia e tiveram um filho, o qual perderam ainda cedo.

Vida difícil e sacrificante, Isidoro santificou-se ao aprender a mística de aceitar e oferecer a Deus suas dores. Participava diariamente da Santa Missa e trabalhava para um patrão injusto e impaciente.

Santo Isidoro: um homem fiel, de perdão, que numa tremenda enfermidade não se revoltou. Consumiu-se por amor a Deus. Morreu aos 60 anos.

terça-feira, 14 de maio de 2024

São Matias

São Matias era um dos numerosos discípulos que seguiram Jesus, desde o começo de sua vida pública. Foi testemunha de Jesus e viveu todo o drama da paixão, morte e ressurrreição de Jesus. Ele foi o escolhido para ocupar o lugar de Judas Iscariotes, O Traidor, para ocupar o décimo segundo apóstolo, que completou o grupo após a morte de Judas é justamente São Matias, o santo que hoje comemoramos.
Sua Eleição foi descrita nos Atos dos Apóstolos, assim: "É necesário, pois, que, dentre estes homens que nos acompanharam todo o tempo em que o Senhor Jesus viveu em nosso meio, a começar do batismo de João até o dia em que dentre nós foi arrebatado, um destes se torne conosco testemunha da sua ressurreição" Apresentaram então dois: José, chamado Barsabás e Matias. E fizeram esta oração: "Tu, Senhor, que conheces o coração de todos, mostra-nos qual destes dois escolheste para ocupar o lugar que Judas abandonou, no ministério do apostolado, para dirigir-se ao lugar que era o seu" lançaram sortes sobre eles, e a sorte veio a cair em Matias, que foi então contado entre os doze apóstolos (atos dos Apóstolos 1,21-26).
Poucos relatos existem sobre sua vida, Sabe-se apenas que ele também morreu sob martírio em Colchis e, muitas vezes, teve seu nome confundido com o de São Mateus, que em muito se assemelha na grafia.
São Matias é agora testemunha do Senhor, como apóstolo chamado em lugar do traidor. Amém.

segunda-feira, 13 de maio de 2024

Nossa Senhora de Fátima

Segundo as memórias da Irmã Lúcia, podemos dividir a mensagem de Fátima em três ciclos: Angélico, Mariano e Cordimariano.
O Ciclo Angélico se deu em três momentos: quando o anjo se apresentou como o Anjo da Paz, depois como o Anjo de Portugal e, por fim, o Anjo da Eucaristia.
Depois das aparições do anjo, no dia 13 de maio de 1917, começa o ciclo Mariano, quando a Santíssima Virgem Maria se apresentou mais brilhante do que o sol a três crianças: Lúcia, 10 anos, modelo de obediência e seus primos Francisco, 9, modelo de adoração e Jacinta, 7, modelo de acolhimento.
Na Cova da Iria aconteceram seis aparições de Nossa Senhora do Rosário. A sexta, sendo somente para a Irmã Lúcia, assim como aquelas que ocorreram na Espanha, compondo o Ciclo Cordimariano.
Em agosto, devido às perseguições que os Pastorinhos estavam sofrendo por causa da mensagem de Fátima, a Virgem do Rosário não pôde mais aparecer para eles na Cova da Iria. No dia 19 de agosto ela aparece a eles então no Valinhos.
Algumas características em todos os ciclos: o mistério da Santíssima Trindade, a reparação, a oração, a oração do Santo Rosário, a conversão, a consagração da Rússia ao Imaculado Coração de Maria. Enfim, por intermédio dos Pastorinhos, a Virgem de Fátima nos convoca à vivência do Evangelho, centralizado no mistério da Eucaristia. A mensagem de Fátima está a serviço da Boa Nova de Nosso Senhor Jesus Cristo.
A Virgem Maria nos convida para vivermos a graça e a misericórdia. A mensagem de Fátima é dirigida ao mundo, por isso, lá é o Altar do Mundo.
Expressão do Coração Imaculado de Maria que, no fim, irá triunfar é a jaculatória ensinada por Lúcia: "Ó Meu Jesus, perdoai-nos e livrai-nos do fogo do Inferno, levai as almas todas para o Céu; socorrei principalmente as que mais precisarem!"

domingo, 12 de maio de 2024

São Pancrácio

As catacumbas romanas atraem devotos e turistas de todo o mundo. Ali estão enterrados os santos dos primeiros anos do catolicismo. Entre eles, do adolescente Pancrácio, com as inscrições confirmando o seu martírio.
Pancrácio nasceu em Roma, filho de pais cristãos, nobres, ricos e amigos do imperador Diocleciano. Órfão, ainda muito criança, foi morar com um tio chamado Dionísio. Com o seu apoio conseguiu estudar em Roma, indo morar na mesma casa onde fazia seu retiro o Papa Marcelino, que respeitava Pancrácio por sua modéstia, doçura, piedade e profunda fé.
Mas, como a perseguição de Diocleciano não dava tréguas a cristão nenhum, Pancrácio, então com catorze anos de idade, e seu tio Dionísio foram denunciados e levados a júri.
O tio foi imediatamente morto. Pancrácio ainda mereceu uma certa consideração do imperador. Afinal, estava na flor da idade e era filho de alguém que havia sido seu amigo. Diocleciano tentou envolver Pancrácio com promessas, astúcias e, finalmente, ameaças. Nada deu resultado. Como o adolescente respondia a tudo afirmando que não temia a morte, pois o levaria direto a Deus, o imperador perdeu a paciência e mandou logo decapita-lo. Era o dia 12 de maio de 304.
O seu túmulo se encontra numa das estradas mais famosas de Roma, a via Aurélia, no cemitério de Ottavilla, onde no século VI o Papa Símaco mandou erguer uma igreja em sua homenagem, existente até hoje. Há muitas outras igrejas em louvor a São Pancrácio na Itália, França, Inglaterra e Espanha, onde seu culto se difundiu. À ele também foram dedicados os mosteiros de Roma, fundado por São Gregório Magno e o de Londres fundado por Santo Agostinho de Canterbury.
A fama de santidade de São Pancrácio, se espalhou e sua devoção é muito intensa até hoje. Ele é o padroeiro dos enfermos, na Itália; padroeiro dos trabalhadores, na Espanha e padroeiro da Juventude da Ação Católica, na América Latina.

FELIZ DIA DAS MÃES!

 



sábado, 11 de maio de 2024

Santo Inácio de Lácomi


Francisco Inácio Vincenzo Peis, era o segundo de nove irmãos, nasceu na cidade de Láconi, Itália, no dia 17 de novembro de 1701. Seus pais eram muito pobres, mas ricos de virtudes humanas e cristãs, educando os filhos no fiel seguimento de Jesus Cristo.
Inácio, desde a infância, sentiu um forte chamado para a vida religiosa. Possuía dons especiais da profecia, da cura e um forte carisma. Costumava praticar severas penitências, mantendo seu espírito sereno e alegre, em estreita comunhão com Cristo.
Antes de completar os vinte anos de idade, ele adoeceu gravemente e por duas vezes quase morreu. Nesta ocasião decidiu que seguiria os passos de São Francisco de Assis e se dedicaria aos pobres e doentes, se ficasse curado. E assim o fez. Foi para a cidade de Calhiari para viver entre os frades capuchinhos do Convento do Bom Caminho. Mas não pôde ser aceito, devido a sua frágil saúde. Depois de totalmente recuperado, em 1721, vestiu o hábito dos franciscanos.
Frei Inácio de Láconi, como era chamado, foi enviado para vários conventos e após quinze anos retornou ao Convento do Bom Caminho em Calhiari, onde permaneceu em definitivo. Alí, ficou encarregado da portaria, função que desempenhou até a morte. Tinha o verdadeiro espírito franciscano: exemplo vivo da pobreza, entretanto, de absoluta disponibilidade aos pobres, aos desamparados, aos doentes físicos e aos doentes espirituais, ou seja, aos pecadores, muitos dos quais conseguiu recolocar no caminho cristão.
Durante seus últimos cinco anos de vida, Inácio ficou completamente cego. Mesmo assim continuou cumprindo com rigor a vida comum com todos os regulamentos do convento. Morreu no dia 11 de maio de 1781. Depois da morte a fama de sua santidade se fortaleceu com a relação dos milagres alcançados pela sua intercessão.
Frei Inácio de Láconi foi beatificado pelo papa Pio XII em 1940 e depois canonizado por este mesmo Santo Padre em 1951. O dia designado para sua celebração litúrgica foi o de sua morte: 11 de maio.

sexta-feira, 10 de maio de 2024

Santo Antonino


Neste dia, lembramos um grande santo que nasceu na Itália, no ano de 1389, cujo nome de batismo era Antônio (e que ficou conhecido como Antonino devido sua estatura). Pertencente a uma família nobre, Antonino caminhou para os estudos de Direito, mas devido ao forte chamado do Senhor, tomou a decisão de ser religioso.

Encontrou certa dificuldade para ingressar nos Dominicanos, mas com humildade e perseverança superou as barreiras e expectativas, pois por sua radicalidade na vivência do Evangelho tornou-se um exemplo como religioso. Obediente à regra e perseverante, começou a ocupar grandes responsabilidades de serviço chegando a Superior.

Convocado pelo Papa, Antonino, o pequeno gigante, foi chamado para ser Bispo e logo Arcebispo de Florença. Cheio do Espírito Santo, trabalhou com prudência e energia contra tudo o que atrapalhava as famílias e por isso sofreu muito, mas por uma causa justa, ou seja, para levar muitos para Deus. Entrou na Igreja triunfante com 70 anos.

quinta-feira, 9 de maio de 2024

Maria Teresa de Jesus (Bem-aventurada)


Carolina Francisca Gerhardinger nasceu em 20 de junho de 1797 no subúrbio da cidade de Regensburg-Stadtamhof, na Alemanha. Pertencia a uma família de classe média, muito religiosa e com ela aprendeu desde cedo os valores humanos e cristãos.
Carolina estudou na escola das Irmãs de Notre Dame, mas durante o governo napoleônico as instituições religiosas foram suspensas, inclusive essa na Alemanha. Por isso o bispo decidiu escolher as três melhores alunas e formá-las professoras, para dar continuidade ao ensino das crianças daquela comunidade. Carolina foi escolhida por ser muito aplicada e responsável nos seus deveres de filha e aluna.

Ainda muito jovem recebeu o diploma de professora primária começando o trabalho de educadora de crianças e jovens, função que exerceu até 1833. Nessa época a restrição napoleônica foi suspensa e as instituições religiosas puderam retomar a tarefa do ensino.
A jovem Carolina acolheu o chamado de Deus e se tornou uma religiosa. Sua grande preocupação era que seus alunos se tornassem pessoas felizes e preparadas para a vida. E essa inquietação lhe deu a idéia de criar uma congregação religiosa organizada de maneira que pudesse enviar, duas a duas, professoras para atender as escolas rurais.

Com a orientação do bispo em 1833 fundou a congregação das Irmãs Escolares de Nossa Senhora, em Neunburg vorm Wald, na Baviera, Alemanha, sendo eleita a superiora.
Um de seus grandes desafios era oferecer uma boa educação às crianças e jovens, principalmente às mais pobres e abandonadas. Acreditava que uma boa educação humana e cristã era fundamental para a mudança da sociedade.

Em 1835, fez sua profissão pelas mãos do bispo de Regensburg, trocando o nome para Maria Teresa de Jesus. Com a ajuda do imperador Ludovico I da Baviera, transferiu a Casa mãe de Neunberg para Mônaco. Ela administrou e desenvolveu a congregação, de modo efervescente apesar das inúmeras dificuldades, durante quarenta anos.
Em 1847, Maria Teresa de Jesus, aceitando o pedido dos missionários americanos, partiu junto com mais cinco religiosas para os Estados Unidos. Alí com a ajuda do beato João Neumann, fundou um orfanato em Baltimore, abriu escolas em Pittsburg e Philadelphia, destinadas a atender os filhos dos emigrantes alemães. Três anos mais tarde a congregação já se expandira por toda a Alemanha, ultrapassando as fronteiras para a Hungria e Inglaterra. No ano 1859 a fundadora foi nomeada superiora geral vitalícia.

Durante uma grave enfermidade ela morreu no dia 09 de maio de 1879 em Mônaco, na Casa mãe da sua congregação. Em 1985 o Papa João Paulo II a proclamou beata Maria Teresa de Jesus, instituindo sua festa litúrgica para o dia de sua morte.

quarta-feira, 8 de maio de 2024

10º Dia - Seminário de Vida no Espírito Santo

 Pregadora: Josiane








Santo Acácio


Acácio era um centurião da Capadócia, atual Turquia, do exército romano da cidade de Tracia, foi acusado pelo tribuno Firmo e pelo proconsul Bibiano de ser cristão e, depois de ásperas torturas e cruéis tormentos foi decapitado em Bizâncio sob as ordens dos imperadores Diocleciano e Maximiano, no ano 304.

O imperador Constantino, o Grande, construiu uma igreja-santuário em sua honra em Karía de Constantinopla, de cuja cidade Santo Acácio se tornou o padroeiro. Isso há pelo menos treze séculos. Ele é também o padroeiro da diocese de Squillace, atualmente Catanzaro-Squillace, Itália.

O corpo do mártir é guardado e venerado em uma monumental capela da Catedral de Squillace, onde um braço foi trazido pelo Bispo em 1584, Guadavalle, sua cidade natal, da qual também foi eleito padroeiro. Suas relíquias foram levadas também para Cuenca de Ávila na Espanha, procedente de Squillace. É venerado entre os Santos Auxiliadores em diversas cidades da Europa Setentrional. Sua festa é celebrada no dia 08 de maio pela Igreja Ocidental.

terça-feira, 7 de maio de 2024

Santa Flávia Domitila


Há muito mais tradições envolvendo a existência de Flávia Domitila do que documentos históricos comprovados. Seu nome e santidade tanto se espalharam, nos primeiros tempos do cristianismo, que sua vida se mesclou a essas tradições pela transmissão dos próprios fiéis que fixaram o seu culto.
Flávia Domitila teria sido convertida ao cristianismo por dois eunucos. Enquanto ela se preparava para o casamento com o filho de um cônsul, Nereu e Aquiles lhe falaram sobre Cristo e a beleza da virgindade, "irmã dos Anjos". Ela teria abandonado o casamento e se convertido imediatamente.

Contudo o próprio imperador, inconformado, tentou vencer a recusa pelo compromisso da jovem com uma tarde dançante em sua homenagem. A morte repentina do próprio noivo aconteceu em meio às danças. Segundo a tradição, Flávia Domitila morreu queimada num incêndio criminoso que destruiu sua casa, sendo provocado por um irmão do noivo.
Mas o que existe de real sobre a vida de santa Flávia Domitila é que ela era uma nobre dama romana, esposa do cônsul Flávio Clemente e sobrinha do imperador Vespasiano, pai de Domiciano. Esses dados foram encontrados em uma inscrição da época, conservada na basílica dos santos Nereu e Aquiles, que também morreram decapitados pelo testemunho em Cristo.

No primeiro século, ela enfrentou a ira da corte por não esconder sua fé em Cristo. Banida do convívio social, foi depois julgada e condenada ao exílio, sendo deportada para a ilha de Ponza.
Sua morte aconteceu de forma lenta, cruel e dolorosa, numa ilha abandonada, sem as menores condições de sobrevivência, conforme escreveu sobre ela são Jerônimo.

segunda-feira, 6 de maio de 2024

São Leonardo Murialdo

Nasceu em 1828 em Turim (Itália) numa família burguesa.
Conheceu cedo a riqueza que a vida de oração, sacrifício e caridade pode proporcionar para o amadurecimento humano e também o discernimento em todas as coisas.
Uma pessoa muita atenta aos sinais dos tempos, sensível à opressão sofrida pelos mais pobres. E foi assim que ele discerniu e quis ser um padre para os pobres.
Leonardo voltou-se para as classes mais desprezadas, dos trabalhos simples. Até criou um jornal chamado 'A voz dos operários'. De fato, uma fé solidária. Ele foi sinal de esperança para a Igreja e a sociedade.
O santo de hoje foi ponte para que muitos se encontrassem com o Cristo no mistério da Cruz e do sofrimento.
Ele se consumiu na evangelização, na caridade, na promoção humana, falecendo no ano de 1900. Peçamos sua intercessão para que sejamos sinais de esperança na Igreja e no mundo.

domingo, 5 de maio de 2024

Santo Ângelo

Uma tradição muito antiga nos trás a luz sobre a vida de Ângelo. Os registros indicam que ele nasceu em 1185, na cidade de Jerusalém, de pais judeus pela religião, chamados José e Maria, nomes muito comuns na região. E que eles se converteram após Nossa Senhora ter avisado Ângelo, durante as orações, que ele teria um irmão, o que lhes parecia impossível porque eram idosos. Mas, isto aconteceu. Emocionados receberam o batismo junto com a criança, à qual deram o nome de João. Mais tarde, ele também vestiu o hábito carmelita.
Ângelo viveu em muitos conventos da Palestina e da Ásia Menor. Recebeu muitas graças do Senhor, sobretudo o dom da profecia e dos milagres, depois de viver cinco anos no Monte Carmelo, mesmo lugar onde viveu o profeta Elias. Entrou para a Ordem do Carmo quando tinha apenas dezoito anos e, em 1213, foi ordenado sacerdote.
Ainda segundo a tradição, Ângelo saiu do Monte Carmelo com os primeiros carmelitas que foram para Roma a fim de obterem do Papa Honório III a aprovação da Regra do Carmelo, e depois imigraram para a Sicília.
Lá, ao visitar a basílica de São João se encontrou com os sacerdotes, que se tornaram santos: Domingos de Gusmão e Francisco de Assis, instante em que previu e anunciou a sua morte como mártir de Jesus Cristo.
Dentre seus grandes feitos o que mais se destaca é o trabalho de evangelização que manteve entre os hereges cátaros daquela cidade. A história narra que ele conseguiu converter até uma mulher que, antes disso, mantinha uma vida de pecados, inclusive uma relação incestuosa com um rico senhor do lugar.
No dia 05 de maio de 1220, Ângelo fez sua última pregação na igreja de São Tiago de Licata, na Sicília. Nesse dia foi morto, vítima daquele rico homem que, não se conformou com o abandono e a conversão de sua amante, encomendando o assassinato.
Venerado pela população, logo uma igreja foi erguida no lugar de seu martírio, onde foi sepultado o seu corpo. A Igreja canonizou o mártir Santo Ângelo em 1498. Porém, somente em 1662, as suas relíquias foram transladadas para a igreja dos Carmelitas. O seu culto se difundiu amplamente no meio dos fiéis e na Ordem do Carmo.
Santo Ângelo foi nomeado padroeiro de muitas localidades, inicialmente na Itália, depois em outras regiões da Europa. Sua veneração se manteve até os nossos dias, sendo invocado pelo povo e devotos nas situações de suas dificuldades. Os primeiros padres carmelitas da América difundiram a sua devoção, construindo igrejas, nomeando as aldeias que se formavam e expandiram o seu culto, que também chegou ao Brasil.

sábado, 4 de maio de 2024

São Floriano

O mais antigo registro sobre Floriano foi encontrado num documento de doação datado do século VIII, através do qual o presbítero Reginolfo oferecia para a Igreja algumas propriedades de terras dentre as quais, "as do lugar aonde foi enterrado o precioso mártir Floriano".
Floriano viveu na cidade de Mantem, próxima de Kems, Alemanha. Nesta época, Diocleciano era o imperador e Aquilino o comandante do exército romano, na região do Danúbio, atual Áustria, onde existiam numerosas colônias do Império e vários batalhões de soldados que faziam sua defesa. Floriano era um militar desses batalhões.
Os legionários romanos cristãos foram muito importantes, porque levaram a fé de Cristo às regiões mais remotas do Império Romano, pagando por esta difusão com a própria vida. Famosos e numerosos foram os mártires que pertenceram à essas legiões, mortos sob a perseguição do imperador Diocleciano, no início do século IV. Dentre eles encontramos Floriano e seus companheiros.
Diocleciano foi imperador de grande energia, estadista de rara habilidade e inteligência, mas se tornou um fanático inimigo da Igreja. Desencadeou a mais longa e duradoura perseguição contra ela, na intenção de varrer todos os vestígios do cristianismo. Contava, para isto, com a ajuda de seu genro Galério, colega nas armas e no domínio do Império.
Foi dele o decreto que proibia qualquer tipo de culto cristão. Exigia que todos os livros religiosos, começando pela Bíblia Sagrada, fossem queimados e ampliou a perseguição para dentro do seu próprio exército. Os soldados eram obrigados a prestar juramento de fidelidade ao imperador e levar oferendas aos ídolos, sob pena de morte.
Muitos militares recusaram obedecer a ordem do imperador e foram executados. Um deles foi Floriano, acompanhado por mais quarenta companheiros. Eles se apresentaram ao comandante Aquilino do acampamento de Lorch, Áustria, para comunicar que eram cristãos e que não poderiam servir ao exército do imperador. Por este motivo foram presos.
Durante o processo de julgamento nenhum deles renunciou a fé em Cristo. Foram condenados a serem jogados no rio Ens, com uma pedra amarrada no pescoço. A sentença foi executada, no dia 04 de maio de 304. O corpo de Floriano foi recolhido por uma senhora cristã, que o sepultou. No século VIII, sua veneração foi oficialmente introduzida na Igreja pelo Martirológio Romano, que manteve esta data para a festa litúrgica.
No local da sua sepultura construíram um convento beneditino. Mais tarde, passou para os agostinianos, que difundiram a sua memória e de seus companheiros. O seu culto se popularizou rapidamente na Áustria e na Alemanha, onde os fiéis recorrem à ele pedindo proteção contra as inundações. Por esta sua tradição com a água, ao longo do tempo São Floriano se tornou o protetor contra os incêndios e padroeiro dos bombeiros.