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quinta-feira, 16 de junho de 2022

Santa Missa de Corpus Christi - Ministros

Padre William 
Diácono Alberto

Deus abençoe a todos!


 

Corpus Christi


 A festa do Corpo de Cristo a que é costume chamar Corpus Christi, é uma festa em honra da presença real de Cristo, especialmente para contrariar as controvérsias geradas por Berengar, segundo o qual a presença de Cristo na Eucaristia é apenas simbólica e não real.


Esta festa foi promovida inicialmente pelas visões de Juliana de Liège, uma religiosa Agostiniana, pelas quais ela entendeu que Deus queria uma festa especial em honra do Santíssimo Sacramento.

O cardeal Hugo de Cher, dominicano, legado do papa nos Países Baixos, estabeleceu esta festa nos países sobre os quais ele exerceu a sua jurisdição.

O papa Urbano IV (1261-1264), pela Bula Transiturus de 1264, estendeu a festa a toda a Igreja, a pedido de Santo Tomás de Aquino, que compôs as orações e respetivos hinos.

Naquela altura não se recebia a Comunhão com frequência, pelo que raramente as pessoas podiam ver a Hóstia Consagrada e, então, começou-se a fazer a elevação da Hóstia e do Cálice após a Consagração.

Esta festa celebrava-se na Quinta-Feira depois da festa da Santíssima Trindade.

Após o Concílio Vaticano II, pela renovação da Liturgia, passou a ser celebrada no Domingo depois da Santíssima Trindade, classificada como Solenidade.

PROCISSÃO DO CORPO DE CRISTO

A mais conhecida tradição religiosa associada com a festa do Corpo de Cristo é a sua respectiva Procissão.

Ela começou a realizar-se no século XIII, 100 anos depois da instituição da festa para toda a Igreja.

Para a Procissão a Hóstia Consagrada era colocada numa Custódia (com o objetivo de exibi-la à adoração), e levada pelas ruas, sob o pálio, com orações e cânticos eucarísticos.

A meio do percurso estava montado um altar e aí se faziam invocações e se dava depois a bênção com o SS. Sacramento.

A festa do Corpo de Cristo, bem como a sua Procissão, tiveram simultaneamente a ideia ou a intenção de mostrar a Hóstia Consagrada e de adorar a Cristo realmente presente na Hóstia Consagrada.

Nós sabemos que depois da Instituição da Eucaristia em Quinta-Feira Santa, Cristo morreu na Cruz e todas as atenções dos fiéis se voltaram naturalmente para Cruz.

Como nos tempos de hoje, pela Comunhão Frequente, a Hóstia Consagrada já não é uma realidade desconhecida, o Concílio Vaticano II chama-nos a atenção para a verdade do Evangelho, Tomai e comei.

Assim, em muitos casos a Procissão foi substituída por uma celebração mais solene da Santa Missa, para convidar os fiéis à reconciliação e à adoração, mas sobretudo à Comunhão.

De qualquer modo a Procissão não era um rito litúrgico e dependia da jurisdição do bispo da Diocese.

Com a solenidade do Corpo de Cristo se substituiu também a festa do Preciosíssimo Sangue (que era celebrada em 1 de Julho), celebrando-se assim juntamente o Corpo e o Sangue de Cristo.

Fonte: Universo Católico

domingo, 12 de junho de 2022

Solenidade da Santíssima Trindade


Só existe um Deus, mas n’Ele há três Pessoas divinas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo
Hoje, a Igreja celebra a Solenidade da Santíssima Trindade, o mistério central da fé e da vida cristã. Deus se revelou como Pai, Filho e Espírito Santo. Foi Nosso Senhor Jesus Cristo quem nos revelou esse mistério. Ele falou do Pai, do Espírito Santo e de Si mesmo como Deus. Logo, não é uma verdade inventada pela Igreja, mas revelada por Jesus. Não a podemos compreender, porque o Mistério de Deus não cabe em nossa cabeça, mas é a verdade revelada.
Santo Agostinho (430) dizia que o Espírito Santo procede do Pai, enquanto fonte primeira, e pela doação eterna deste último ao Filho, do Pai e do Filho em comunhão (A Trindade, 15,26,47).
Só existe um Deus, mas n’Ele há três Pessoas divinas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo. Não pode haver mais que um Deus, pois este é absoluto. Se houvesse dois deuses, um deles seria menor que o outro, mas Deus não pode ser menor que outro, pois não seria Deus.
Por não dividir a unidade divina, a distinção real das Pessoas entre si reside unicamente nas relações que as referem umas às outras: Nos nomes relativos das Pessoas, o Pai é referido ao Filho, o Filho ao Pai, o Espírito Santo aos dois. Quando se fala dessas três Pessoas, considerando as relações, crê-se todavia em uma só natureza ou substância (XI Conc. Toledo, DS 675).
São Clemente de Roma, Papa no ano 96, ensinava: “Um Deus, um Cristo, um Espírito de graça” (Carta aos Coríntios 46,6). “Como Deus vive, assim vive o Senhor e o Espírito Santo” (Carta aos Coríntios 58,2).
O Concílio de Niceia, ano 325, confirmou toda essa verdade: “Cremos […] em um só Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, nascido do Pai como Unigênito, isto é, da substância do Pai, Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não feito, consubstancial com o Pai, por quem foi feito tudo que há no céu e na terra. […] Cremos no Espírito Santo, Senhor e fonte de vida, que procede do Pai, com o Pai e o Filho é adorado e glorificado, o qual falou pelos Profetas” (Credo de Niceia).

Fonte: Canção Nova