São João Gualberto, nasceu no inicio do século XI, em Florença, na Itália. Ao encontrar com o assassino de seu irmão, foi tomado de ódio e de vingança e o antigo adversário, desarmado, caiu de joelhos e abriu os braços, tacitamente suplicante. Aquela atitude que projetava a sombra de uma cruz, dissuadiu o feroz cavaleiro. Com gesto inesperado e generoso, ergueu da terra o assassino de seu irmão e o abraçou em sinal de perdão e disse: Perdôo-te pelo sangue que Cristo hoje derramou na Cruz. Era uma sexta-feira santa.
Uma grande paz invadiu a sua alma e a partir desse momento, sua vida mudou completamente. Decidiu abandonar o mundo e foi bater na porta do mosteiro beneditino, vencendo as desculpáveis resistências do pai. Tempos depois, ameaçado pelo próprio abade e pelo bispo de Florença, os quais acusaram de corrupção, teve de se refugiar entre as selvas dos Apeninos, no monte, Vallombrosa, que se tornará famoso nos séculos pelo mosteiro que São João Gualberto aí edificou segundo a Regra beneditina. No lugar do trabalho manual colocou muito estudo, leitura e meditação.
De Vallombrosa descem os monges, temperados da Regra beneditina reformada, primeiro à vizinha Florença, depois a várias cidades da Itália, operando a benéfica transfusão de operosa santidade, seguindo o exemplo do santo abade: corrigir com os costumes as próprias instituições civis. Os florentinos confiaram aos monges valombrosianos até as chaves do tesouro e o sigilo da República. O Papa Leão XI realizou uma longa viagem para fazer-lhe uma visita.
São João Gualberto morreu no ano de 1073, e antes de sua morte, disse aos seus monges: "Quando quiserem eleger um abade, escolham entre os irmãos o mais humilde, o mais doce, o mais mortificado". Lutou ardorosamente contra a simonia.
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