Assim que chegou Amábile conheceu Virgínia Rosa Nicolodi e se tornam grandes amigas. As duas se confessam apaixonadas pelo Senhor Jesus e não era raro encontrá-las, juntas, rezando fervorosamente. Fizeram a Primeira Comunhão no mesmo dia, quando Amábile já tinha completado doze anos de idade.
Logo em seguida o padre Servanzi a iniciou no apostolado paroquial, encarregando-a da catequese das crianças, da assistência aos doentes e da limpeza da capela de seu vilarejo, Vigolo, dedicada a São Jorge. Mas mal sabia o padre que estaria confirmando a vocação da jovem Amábile para o serviço do Senhor. Amábile, incluía sempre Virgínia, nas atividades para ampliar o campo de ação. Dedicava-se de corpo e alma à caridade, servia consolando e ajudando os necessitados, os idosos, os abandonados, os doentes e as crianças. As obras já eram reconhecidas e notadas por todos e embora não soubesse que já se consagrava a Deus.
Com a permissão de seu pai, Amábile construiu um pequeno casebre, num terreno doado por um barão, próximo à capela, para aí rezar, cuidar dos doentes, instruir as crianças. A primeira paciente foi uma mulher portadora de câncer terminal, a qual não tinha quem lhe cuidasse. Era o dia 12 de julho de 1890, data considerada como o dia da fundação da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, que iniciou com Amábile e Virgínia, atuando como enfermeiras.
Esta também foi a primeira congregação religiosa feminina fundada em solo brasileiro e foi aprovada pelo Bispo de Curitiba, em agosto 1895. Quatro meses depois Amábile, Virgínia e Teresa Anna Maule outra jovem que se juntou à elas, fizeram os votos religiosos; e Amábile recebeu o nome de Irmã Paulina do Coração Agonizante de Jesus. Também foi nomeada Superiora, passando a ser chamada de Madre Paulina.
A santidade e a vida apostólica de Madre Paulina e de suas Irmãzinhas atraíram muitas vocações, apesar da pobreza e das dificuldades em que viviam. Além do cuidado dos doentes, das crianças órfãs, dos trabalhos da paróquia, trabalhavam também na pequena indústria da seda para poder sobreviverem.
Em 1903, com o reconhecimento de sua obra Madre Paulina foi convidada a se transferir para São Paulo. Fixando-se junto à uma capela no Bairro do Ipiranga, iniciou a obra da "Sagrada Família" para abrigar os ex-escravos e seus filhos depois da abolição da escravidão em 1888. Em 1918, Madre Paulina foi chamada à Casa Geral em São Paulo, com o reconhecimento de suas virtudes, para servir de exemplo às jovens vocações da sua congregação. Neste período destacou-se pela oração constante e pela caridosa e contínua assistência às Irmãzinhas doentes.
Em 1938, acometida pelo diabetes, iniciava um período de grande sofrimento, iniciando com a amputação do braço direito, até a cegueira total. Madre Paulina morreu serenamente no dia 09 de julho de 1942, na Casa Geral de sua congregação, em São Paulo.
Ela foi beatificada pelo Papa João Paulo II em 1991, quando visitou oficialmente o Brasil. Depois o mesmo pontífice a canonizou em 2002, assim, Madre Paulina do Coração Agonizante de Jesus se tornou a primeira Santa do Brasil.
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