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quarta-feira, 29 de maio de 2024

Santa Úrsula Ledochowska

Júlia Ledochowska pertencia à uma família especialmente abençoada. A sua irmã mais velha, Maria Teresa, era religiosa, fundou uma congregação e foi inscrita no Livro dos Santos. O irmão, o padre Vladimiro foi o vigésimo sexto preposto geral dos Jesuítas . Ela nasceu em 17 de abril de 1865 e os pais eram nobres poloneses, que residiam na Áustria.
Até o final da adolescência viveu neste país onde completou os estudos, depois voltou com a família para o solo polonês, estabelecendo-se na Croácia. Aos vinte e um anos ingressou no Convento das Irmãs Ursulinas de Cracóvia, pronunciando os votos definitivos e tomando o nome de Úrsula, em 1899.
Ativa educadora, fundou um pensionato feminino para jovens, promovendo entre os estudantes a Associação das Filhas de Maria, foi também superiora do seu convento por quatro anos. Foi chamada pelo pároco da igreja de Santa Catarina em Petersburgo, na Rússia, que na época reprimia toda atividade religiosa, inclusive as de cunho assistencial, para dirigir um internato de estudantes polonesas exiladas, nesta função teve de usar roupa civis para sua segurança. Em 1909 fundou também uma casa das ursulinas na Finlândia onde inovou com um pensionato e uma escola ao ar livre, para moças doentes, seguindo o estilo inglês, ao mesmo tempo fundou na mesma Petersburgo uma casa das Ursulinas.

A sua cidadania e origem austríaca, a fez objeto de perseguição por parte da polícia russa, durante a Primeira Guerra Mundial , tanto que em 1914 se refugiou na Suécia, onde fundou, também alí, um pensionato e uma escola. O seu grande senso de apostolado a fez fundar para os católicos suecos o jornal "Solglimstar", editado ainda hoje sob outra direção. Em 1917, foi para a Dinamarca dar assistência aos poloneses perseguidos, onde permaneceu por dois anos, quando então regressou para o seu convento na Polônia.
Atendendo um antigo anseio interior, em 1920, separou-se da sua congregação para fundar uma nova ordem: as Irmãs Ursulinas do Sagrado Coração Agonizante, com a função de dar assistência aos jovens abandonados e para cuidar dos pobres, velhos e crianças.

Na Polônia, devido à cor do hábito, se popularizaram como as "ursulinas cinzas" e na Itália, como as "irmãs polonesas". A ordem foi aprovada em 1930 e se desenvolveu com rapidez. Quando sua fundadora, Madre Úrsula, morreu já existiam trinta e cinco casas e mais de mil irmãs. Ela deixou vários livros, todos escritos em polonês, que foram traduzidos para o italiano e francês.
Madre Úrsula Ledochowska, faleceu em Roma no dia 29 de maio de 1939, na casa mãe da ordem, que conserva as suas relíquias. O Papa João Paulo II em 1983 a beatificou, numa comovente cerimônia em Poznan, quando visitava a Polônia. Vinte anos depois ele mesmo a canonizou, declarando ser seu devoto. O culto em sua homenagem foi designado para o dia de sua morte.

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