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sábado, 2 de novembro de 2024

Comemoração de todos os fiéis falecidos

Para muitas pessoas, o dia de finados é uma data triste, que deveria ser excluída do calendário. Muitos, nesse dia, ficam depressivos ao se lembrar dos seus entes queridos que partiram desta vida. Alguns se isolam, outros viajam para esconder suas mágoas... Porém, poucos conseguem ver que o dia de finados deve ser um momento de reflexão acerca de como anda nossa conversão. Deve ser um dia de "fechamento para balanço", daqueles em que se pára tudo, totaliza-se os lucros e os prejuízos e promete-se e permite-se vida nova.
Não podemos nos esquecer de que um dia estaremos também partindo desta vida. Não podemos ignorar isso pois, como um ladrão na noite, como diz o Evangelho, esse dia chega. Felizes aqueles que são pegos em oração, em dia com os Sacramentos.
Muitas pessoas lamentam a "perda" de um pai ou uma mãe e se esquecem de que eles fizeram apenas uma viagem distante e que lá estão nos aguardando. Partiram quando o Pai, transbordando de saudades, gritou: - Filho(a), há quanto tempo você está aí! Volta pra casa! - e assim foi feito.
Muitos, porém, desses que lamentam a perda de um ente querido, ao invés de serem verdadeiramente santos para, um dia voltarem a se encontrar com seus parentes e amigos que partiram desta vida, tomam um outro rumo, ora distanciando-se de Deus e da Sua Igreja ora vivendo uma fé morna, como diz Jesus.
Não percebem que, ao fazer isso, desperdiçam a única chance que têm de rever essas pessoas. É uma pena...
Neste dia 02 de novembro, que possamos verdadeiramente rever nossos sonhos, nossa vida, nossa fé e, pela glória de Deus, mudar de rumo, se necessário for.
Desde o século II, alguns cristãos rezavam pelos falecidos, visitando os túmulos dos mártires para rezar pelos que morreram. No século V, a Igreja dedicava um dia do ano para rezar por todos os mortos, pelos quais ninguém rezava e dos quais ninguém lembrava. Também o abade de Cluny, santo Odilon, em 998 pedia aos monges que orassem pelos mortos. Desde o século XI os Papas Silvestre II (1009), João XVII (1009) e Leão IX (1015) obrigam a comunidade a dedicar um dia aos mortos. No século XIII esse dia anual passa a ser comemorado em 2 de novembro, porque 1 de novembro é a Festa de Todos os Santos. A doutrina católica evoca algumas passagens bíblicas para fundamentar sua posição (cf. Tobias 12,12; Jó 1,18-20; Mt 12,32 e II Macabeus 12,43-46), e se apóia em uma prática de quase dois mil anos.

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