Santinho de Madre Teresa de Calcutá. Foto: Daniel Ibáñez
O milagre que levou a canonização de Madre Teresa de Calcutá, que acontecerá no próximo domingo no Vaticano, veio do Brasil e, além da força da fé, demonstra também a importância da oração, do amor e da família. A cura inexplicável de Marcílio Haddad Andrino passou pela perseverança de sua esposa Fernanda Nascimento Rocha Andrino.
Marcílio nasceu em Santos (SP) e, quando criança, descobriu um problema renal. Aos 19 anos, fez um transplante de rins, porém, sempre teve uma vida normal. Formou-se em engenharia mecânica, fez mestrado, doutorado e passou em um concurso público para o Rio de Janeiro. Até que, em 2008, começou a ter convulsões, indo parar no hospital.
Nessa época, Marcílio estava de casamento marcado com Fernanda, que conheceu no ano 2000. Em entrevista concedida ao site da Arquidiocese do Rio de Janeiro (ArqRio), Fernanda recordou que essa “foi uma fase difícil”.
“Demoramos a marcar o casamento e, quando resolvemos nos casar, ele começou a sentir tonturas. Eu me sentia insegura porque ninguém descobria o que ele tinha”, relatou. Mesmo assim, o casal decidiu manter a data do casamento, porque – explicou Fernanda – “embora ele estivesse ficando com a saúde debilitada, ele não deixava de ser o Marcílio, a essência dele não se perdia. Não era uma pessoa estranha, um desvalido porque estava doente”. “O amor não vê nada disso”, sublinhou.
Até mesmo no dia do casamento, Marcílio teve uma convulsão e algumas pessoas disseram para ela não se casar com ele por conta da enfermidade. “Ele estava doente sim – declarou –, mas era o Marcílio que eu amava. E amo até hoje. Tanto que sempre fiquei ao lado dele, firme na oração”.
Após o casamento, as convulsões continuaram e, em 20 de outubro de 2008, teve uma convulsão forte e foi para o hospital. Descobriu-se que estava com abcessos no cérebro. A partir de então, Madre Teresa começou a entrar na vida daquela nova família.
Fernanda contou ao site da ArqRio que a primeira a lhe falar sobre a religiosa foi sua chefe, chamada Adiles, a qual contou ter sofrido um aneurisma e falava da certeza de que Madre Teresa a tinha curado, embora não pudesse provar. Adiles lhe deu um livro com a novena da beata.
“Eu cheguei a fazer a novena nas intenções do Marcilio, mas sem muita certeza. Mesmo internado, era visível que o tratamento médico não estava resolvendo”.
Diante da piora de seu marido, Fernanda procurou Padre Elmiran Ferreira, que lhe dava assistência espiritual. “Nesse mesmo dia – recordou –, ele esteve com as Missionárias da Caridade, em Santos. Ele tirou do bolso a oração com a relíquia de Madre Teresa e disse-me: ‘Fernanda, faça essa oração. Se apegue à Madre Teresa’. Na mesma hora, lembrei-me da Adiles e pensei: ‘preciso ter essa ligação forte com Madre Teresa’”.
Desde aquela ocasião, passou a rezar com afinco, colocava a relíquia na cabeça de Marcílio ou sob o travesseiro.
Na noite de 8 para 9 de dezembro, Marcílio começou a sentir uma dor de cabeça muito forte. “Logo cedo, liguei para os nossos familiares e disse que ele estava muito ruim. Insisti que fizessem mais orações, pedindo a intercessão de Madre Teresa”, contou.
O médico disse para ela que seu marido estava acumulando líquido no cérebro e precisava colocar uma válvula para drenar. Mas, por vários fatores, a cirurgia foi se adiando. Primeiro, a demora do convênio médico para autorização. Em seguida, a anestesista informou que o paciente não estava em condições de ser entubado. Assim, Marcílio foi levado para a UTI.
“Tive que ir embora, porque os familiares não podiam ficar na UTI. Fui até a porta da UTI e disse: ‘Madre Teresa, eu vou, mas fica com o Marcílio, acompanhe-o, faz o que for preciso. Se não for da forma que eu quiser, se o caminho dele for ficar ao seu lado, ajude-nos nessa hora’”, disse Fernanda.
Ela foi para casa, onde intensificou suas orações, pedindo a Madre Teresa que fosse até a UTI, colocasse suas mãos sobre a cabeça de Marcílio e o curasse.
No dia seguinte, recebeu a notícia do médico de que as dores de cabeça tinham passado e que o paciente sairia da UTI. Após exames, Fernanda contou que o médico lhe disse: “Não sei o que aconteceu, a medicina não explica o que houve com o Marcílio; só pode ser alguém lá em cima”.
Mas, a notícia da cura veio seguida por outra. O médico falou a Fernanda que as chances de o casal ter filhos eram mínimas por conta do transplante de rins e também pelos vários medicamentos que Marcílio tomou. Esse diagnóstico foi confirmado após um exame que mostrou que a chance de terem filhos era de menos de 1%.
“O médico sugeriu um tratamento e que aproveitássemos os melhores espermatozoides. Não aceitamos. Se Deus não permitisse que tivéssemos filhos, pensamos na adoção, pois há muitas crianças que precisam de um lar”, assinalou.
Quando Marcílio voltou ao trabalho no Rio de Janeiro, Fernanda se sentiu mal e descobriu que estava grávida de Mariana, que nasceu em 2010. Pouco depois, engravidou do segundo filho, Murilo, que nasceu em 2012.
“Digo que as gestações que eu tive foram uma extensão da graça de Madre Teresa. E até hoje ela nos acompanha. Passamos isso aos nossos filhos, para que eles também agradeçam a Madre Teresa. Quando rezamos, sempre repito nas orações: Madre Teresa de Calcutá, e eles respondem: rogai por nós”, contou à ArqRio.
Após tudo o que passaram, Fernanda declarou que “família é tudo, e que não se dissolve num momento ruim”. Para ela, “é muito fácil ser unido, encontrar beleza quando está tudo bem. Mas é nos momentos difíceis que a gente encontra força no outro”.
“Somos hoje uma família ‘Teresa de Calcutá’, estamos aqui graças à sua intercessão. Ela disse que se um dia se tornasse santa, seria a santa da escuridão. E ela foi até lá, com a luz de Jesus, iluminou e curou o Marcílio. E foi uma cura plena”, completou.
Marcílio nasceu em Santos (SP) e, quando criança, descobriu um problema renal. Aos 19 anos, fez um transplante de rins, porém, sempre teve uma vida normal. Formou-se em engenharia mecânica, fez mestrado, doutorado e passou em um concurso público para o Rio de Janeiro. Até que, em 2008, começou a ter convulsões, indo parar no hospital.
Nessa época, Marcílio estava de casamento marcado com Fernanda, que conheceu no ano 2000. Em entrevista concedida ao site da Arquidiocese do Rio de Janeiro (ArqRio), Fernanda recordou que essa “foi uma fase difícil”.
“Demoramos a marcar o casamento e, quando resolvemos nos casar, ele começou a sentir tonturas. Eu me sentia insegura porque ninguém descobria o que ele tinha”, relatou. Mesmo assim, o casal decidiu manter a data do casamento, porque – explicou Fernanda – “embora ele estivesse ficando com a saúde debilitada, ele não deixava de ser o Marcílio, a essência dele não se perdia. Não era uma pessoa estranha, um desvalido porque estava doente”. “O amor não vê nada disso”, sublinhou.
Até mesmo no dia do casamento, Marcílio teve uma convulsão e algumas pessoas disseram para ela não se casar com ele por conta da enfermidade. “Ele estava doente sim – declarou –, mas era o Marcílio que eu amava. E amo até hoje. Tanto que sempre fiquei ao lado dele, firme na oração”.
Após o casamento, as convulsões continuaram e, em 20 de outubro de 2008, teve uma convulsão forte e foi para o hospital. Descobriu-se que estava com abcessos no cérebro. A partir de então, Madre Teresa começou a entrar na vida daquela nova família.
Fernanda contou ao site da ArqRio que a primeira a lhe falar sobre a religiosa foi sua chefe, chamada Adiles, a qual contou ter sofrido um aneurisma e falava da certeza de que Madre Teresa a tinha curado, embora não pudesse provar. Adiles lhe deu um livro com a novena da beata.
“Eu cheguei a fazer a novena nas intenções do Marcilio, mas sem muita certeza. Mesmo internado, era visível que o tratamento médico não estava resolvendo”.
Diante da piora de seu marido, Fernanda procurou Padre Elmiran Ferreira, que lhe dava assistência espiritual. “Nesse mesmo dia – recordou –, ele esteve com as Missionárias da Caridade, em Santos. Ele tirou do bolso a oração com a relíquia de Madre Teresa e disse-me: ‘Fernanda, faça essa oração. Se apegue à Madre Teresa’. Na mesma hora, lembrei-me da Adiles e pensei: ‘preciso ter essa ligação forte com Madre Teresa’”.
Desde aquela ocasião, passou a rezar com afinco, colocava a relíquia na cabeça de Marcílio ou sob o travesseiro.
Na noite de 8 para 9 de dezembro, Marcílio começou a sentir uma dor de cabeça muito forte. “Logo cedo, liguei para os nossos familiares e disse que ele estava muito ruim. Insisti que fizessem mais orações, pedindo a intercessão de Madre Teresa”, contou.
O médico disse para ela que seu marido estava acumulando líquido no cérebro e precisava colocar uma válvula para drenar. Mas, por vários fatores, a cirurgia foi se adiando. Primeiro, a demora do convênio médico para autorização. Em seguida, a anestesista informou que o paciente não estava em condições de ser entubado. Assim, Marcílio foi levado para a UTI.
“Tive que ir embora, porque os familiares não podiam ficar na UTI. Fui até a porta da UTI e disse: ‘Madre Teresa, eu vou, mas fica com o Marcílio, acompanhe-o, faz o que for preciso. Se não for da forma que eu quiser, se o caminho dele for ficar ao seu lado, ajude-nos nessa hora’”, disse Fernanda.
Ela foi para casa, onde intensificou suas orações, pedindo a Madre Teresa que fosse até a UTI, colocasse suas mãos sobre a cabeça de Marcílio e o curasse.
No dia seguinte, recebeu a notícia do médico de que as dores de cabeça tinham passado e que o paciente sairia da UTI. Após exames, Fernanda contou que o médico lhe disse: “Não sei o que aconteceu, a medicina não explica o que houve com o Marcílio; só pode ser alguém lá em cima”.
Mas, a notícia da cura veio seguida por outra. O médico falou a Fernanda que as chances de o casal ter filhos eram mínimas por conta do transplante de rins e também pelos vários medicamentos que Marcílio tomou. Esse diagnóstico foi confirmado após um exame que mostrou que a chance de terem filhos era de menos de 1%.
“O médico sugeriu um tratamento e que aproveitássemos os melhores espermatozoides. Não aceitamos. Se Deus não permitisse que tivéssemos filhos, pensamos na adoção, pois há muitas crianças que precisam de um lar”, assinalou.
Quando Marcílio voltou ao trabalho no Rio de Janeiro, Fernanda se sentiu mal e descobriu que estava grávida de Mariana, que nasceu em 2010. Pouco depois, engravidou do segundo filho, Murilo, que nasceu em 2012.
“Digo que as gestações que eu tive foram uma extensão da graça de Madre Teresa. E até hoje ela nos acompanha. Passamos isso aos nossos filhos, para que eles também agradeçam a Madre Teresa. Quando rezamos, sempre repito nas orações: Madre Teresa de Calcutá, e eles respondem: rogai por nós”, contou à ArqRio.
Após tudo o que passaram, Fernanda declarou que “família é tudo, e que não se dissolve num momento ruim”. Para ela, “é muito fácil ser unido, encontrar beleza quando está tudo bem. Mas é nos momentos difíceis que a gente encontra força no outro”.
“Somos hoje uma família ‘Teresa de Calcutá’, estamos aqui graças à sua intercessão. Ela disse que se um dia se tornasse santa, seria a santa da escuridão. E ela foi até lá, com a luz de Jesus, iluminou e curou o Marcílio. E foi uma cura plena”, completou.
Fonte: (ACI)
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