Cidade do Vaticano, 24 jan (RV) – João Paulo II será proclamado bem-aventurado no próximo dia primeiro de maio. Bento XVI autorizou a Congregação das Causas dos Santos a promulgar o decreto que reconhece um milagre que se realizou por intercessão do Papa Wojtyla.
A beatificação vai coincidir com o Domingo in Albis, que é o primeiro sucessivo à Páscoa, instituído pelo próprio Papa polonês como a Festa da Divina Misericórdia. O vigário geral emérito de João Paulo II para a Diocese de Roma, Cardeal Camillo Ruini, em entrevista à Rádio Vaticano, falou sobre a alegria com a qual recebeu a notícia.
Falou também sobre a personalidade do Papa Wojtyla, dizendo que o que mais impressionava era a própria santidade, a profundidade e a espontaneidade da sua relação com Deus.
“Ele era capaz de submergir profundamente na oração - disse o Cardeal -, e todas as coisas das quais se ocupava eram permeadas pelo seu relacionamento com Deus e a oração.”
Questionado sobre a principal característica do seu pontificado, Dom Ruini ressaltou a evangelização, e relembrou as suas palavras iniciais: “não tenham medo, escancarem as portas a Cristo”. Reforçou ainda que João Paulo II foi um grande promotor das forças capazes de evangelização na Igreja. “E a sua evangelização – continuou o purpurado – referia-se precisamente ao homem concreto, portanto, à solicitude pelo homem concreto: Cristo Redentor do homem.”
Falando sobre o pontificado de Bento XVI, o Cardeal definiu-o como herdeiro original e criativo do pontificado de João Paulo II, pois vê uma profunda continuidade entre ambos. Concluindo, relembrou dois de seus ensinamentos constantes, quais sejam: “Deus está no centro” e “ampliar os espaços da racionalidade humana”. (ED)
Fonte: Rádio Vaticano
Nenhum comentário:
Postar um comentário