Roma, 19 jan (RV) – “Irmã Jeanne Yegmane foi assassinada em uma emboscada na estrada. Não era o alvo dos assassinos”: foi o que disse à agência Fides, o bispo de Doruma-Dungu, no nordeste da República Democrática do Congo, Dom Richard Domba Madiy, em cujo território foi morta no último dia 15 de janeiro a Irmã Jeanne Yegmane, uma enfermeira-oftalmologista, ex-superiora da Congregação das "Agostinianas" (Ordem de Santo Agostinho) de Dungu.
“Os agressores surgiram de repente da floresta, e abriram fogo contra os veículos de passagem, matando a irmã Yegmane. Depois de parar os carros e saquear os passageiros, antes de fugir, atearam fogo aos veículos. Nos veículos bloqueados se encontrava também um soldado, que, porém, não conseguiu intervir”, disse Dom. Domba. “E conhecia bem a irmã Yegmane. Foi a superiora das Agostinianas. Após a conclusão do seu mandato, foi enviada para Kinshasa para se especializar em oftalmologia. Ela estava muito envolvida no cuidado dos doentes. Sua morte é uma grande perda para a comunidade”, disse Dom. Domba.
Sobre a identidade dos agressores, não há confirmações, mas tudo leva a crer que eles são combatentes do Exército de Resistência do Senhor. “Foram com toda a probabilidade os guerrilheiros desse Exército, que há anos fazem incursões nesta área, a assassinar a irmã”, disse o bispo. “As autoridades afirmaram que esse Exército não existe mais. Mas isso não é verdade. Há ainda um grande número de rebeldes na floresta. O exército do governo tenta proteger a população, mas os guerrilheiros atacam rapidamente e depois fogem para a floresta. É realmente difícil de prendê-los”, concluiu Dom Domba. (SP)
Fonte: Rádio Vaticano
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